Facilmente qualquer leitor daria uma excelente resposta para esse título. Agora, vejam como as empresas que fabricam os games pensam:
Segundo a Nintendo, os consumidores não querem saber de comprar games usados, pois preferem produtos novos, e são produtos que eles querem manter. Concordo plenamente, pois vender um game que não se joga mais é como vender um livro, ou um DVD: uma hora pode bater aquela vontade de jogar novamente e aí você fica na mão.
Mas isso é um problema do consumidor. O que interessava à empresa já foi feito: a venda legal do produto. Eles já arrecadaram, os impostos sobre essa venda já foram arrecadados, o game é do consumidor. Se ele entender que não vai mais usar, ou mesmo não gostou tanto do game, é direito dele vender. Algumas empresas estão tentando combater essa prática colocando conteúdos exclusivos para download que só podem ser baixados uma vez por game, através de um código. Um dos games que tem essa safadeza é Gears of War 2, do Xbox 360, porém pouco tempo depois o conteúdo extra foi oferecido para geral por míseros US$5,00.
Se isso se tornar frequente vai ser no mínimo ridículo. Um dos grandes motivos para as empresas quererem combater esse mercado é que elas não ganham sobre as vendas de games usados.
Resumindo, trata-se de pura ganância. O consumidor compra o produto (que não é barato), usa e depois sabe que aquilo vai ficar encostado. Não é para vender? Proponho duas soluções:
1. As empresas compram de volta dos clientes os produtos usados e revendem.
2. As empresas trocam o game usado mais uma quantia em dinheiro por um novo game.
São formas alternativas e justas de resolver isso sem obrigar o consumidor a ficar com um peso de papel caríssimo. Afinal, com certeza muitos que vendem os games usados usam esse dinheiro para comprar games novos. É uma forma de fazer o mercado girar. Ou eles esperam que se a pessoa compra um game e não gosta, ou termina e não vai mais jogar, simplesmente jogue o game no lixo? Será que já ouviram falar de degradação ambiental?
As empresas ainda tem muito que aprender sobre a realidade do consumidor.
Imagine agora se as empresas automobilísticas resolverem que vão combater a venda de carros usados porque elas não lucram em cima disso. Caos no planeta, pessoas se atirando de prédios… seria catástrofe mundial.
Fonte: UOL